segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Tudo o que lhe compete

O clube tem feito, na novela Bruma.
Não compactuou com o jogo dos empresários/ novos negreiros.
Não compactuou com o jogador que se queria sobrepor ao plantel sem ter conquistado esse direito.
Lutou, na negociação, pelos interesses do Sporting, procurando manter um ativo.
Lutou, na CAP, por jurisprudência que, transcendendo o caso Bruma, é essencial para o perfil do Clube formador.
Agora, é o tempo do perdão. Chame-se-lhe perdão cínico, porque ninguém quer ver o Bruma estragar o balneário. Mas é um perdão que pode valer uns milhões.
E sempre fica, para todos, a mensagem essencial: não cedemos ao jogo da chantagem; fica entre nós quem nós queremos e quem nos quer.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Pesada herança


A pesada herança do ultimo mandato vem escarrapachada na capa do jornal A Bola de hoje.
6 jogadores, todos dispensados ou suplentes, representam 10 milhões de euros por ano.
Não, desiludam-se!, o tempo já não era de vacas gordas.... Era de só de gestores irresponsáveis (evita-se a previsível analogia do reino animal)

quarta-feira, 13 de março de 2013

No comments

In record : "Carlos Barbosa, antigo vice-presidente do Sporting, disse, esta terça-feira, que o clube está "farto de pavões" "

sábado, 9 de março de 2013

Pausa para um desabafo

Que não compreendo porque é que se insiste em não apostar em carrillo à direita, capel à esquerda e labyad em vez de adrien.
E, mais incompreensível ainda: capel à direita? Mas porquê?
Tanto experimentalismo inútil...

sábado, 2 de março de 2013

A gestão responsável # 2

Têm esta maravilhosa característica: aqueles gestores não sabem gastar, porque gastam sem critério, e não sabem poupar, porque não tentam.
No início, investem à doida, o dinheiro que, aliás, não têm; não podem poupar porque o tempo é de investir. Na segunda, não investem, o tempo é de poupar. E, para poupar, nada melhor do que vender ao desbarato as compras feitas à bruta e que, afinal, já não eram investimentos...
Depois, pomposos, chamam a isto inversão da tendência ou adaptação; não percebem que são a negação de si próprios.

A gestão responsável

do Sporting nos últimos anos leva a que hoje, ao recebermos o Porto, tivéssemos a equipar de azul, nada mais nada menos que Moutinho (ausente apenas por lesão, o capitão tratado como fruta), Marat (o tal que só tinha dores na margem Sul) e Liedson (o que deixamos sair para não lhe pagarmos as dividas).

Se isto não são exemplos da mais completa e vaidosa incompetência, vou ali e já venho.

O novo pasquim

Se houvesse duvidas ainda sobre couceiro ser o candidato do regime, record ajudaria, solícito, a clarificá-las, quer no tom, quer no conteúdo:


"Foi o último a arrancar para a corrida eleitoral do Sporting, mas José Couceiro é nesta altura, segundo a maioria do Conselho de Notáveis Record, o candidato em posição mais favorável para se tornar no novo presidente do clube (41,5%).

Líder da lista C, de Couceiro, o familiar de Peyroteo, antiga glória do ataque do Sporting, apesar de conotado com a continuidade da atual linha de poder em Alvalade, distingue-se nesta luta por ter dispensado a apresentação de uma lista ao Conselho Leonino, o órgão consultivo do clube, formado pelos sócios considerados referências.

Futebolista, dirigente sindical, diretor-desportivo, treinador, Couceiro tenta nesta eleição encerrar um ciclo, com a chegada à presidência de um clube

O segundo candidato mais citado pelo painel de conselheiros de Record é Bruno de Carvalho (20,7%), mas ainda com uma diferença considerável para Couceiro. Derrotado nas últimas eleições por Godinho Lopes, em circunstâncias então muito discutidas, o líder da lista B distinguiu-se então por ter apresentado o apoio de alguns investidores russos. A mensagem fácil, associada a algum populismo, tem-no penalizado nos sectores mais conservadores do sportinguismo.

Durante o mandato de Godinho Lopes manteve sempre uma oposição ativa, nomeadamente através de Eduardo Barroso, eleito presidente da assembleia geral na sua lista. Quando foi aberto o período pré-eleitoral, tinha a máquina de campanha funcional."

Antes ler o jornal do rival.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Beijo da morte

O apoio de Godinho Lopes à candidatura de José Couceiro, rectius, José Peyroteo Couceiro.
Esta coisa do nome do meio começar a fazer pop-up por conveniência deixa-me doente, confesso.
Não é que não compreenda a jogada, claro que compreendo. Mas ninguém me tira da cabeça que um líder forte não cede a estas coisas dos homens da comunicação expondo-se ao ridículo...

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Em vias de extinção

Grande o contributo de Paiva dos Santos para o momento do sporting: assim, vai ser ainda mais fácil extinguir o conselho leonino, como preconiza a AAS (e uma enorme maioria, presume o autor)

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Oh, surpresa das surpresas

JC afirma que vai avançar. Com toda a probabilidade, não vamos saber as razões da demora no anúncio, pelo que resta especular. A primeira especulação é óbvia: JC não foi o primeiro proto-candidato escolhido pela casta nobre: foi, pelas contas do autor, o quarto ou quinto depois de jorge coelho, luis figo, uma autarca de cascais e um ex-presidente da LIGA. E isso, como é obvio, fez um homem como JC - que o Autor tem em boa conta, diga-se desde já - hesitar. A segunda especulação relaciona-se com a primeira: com tantas hesitações na escolha, é óbvio que o processo de recolha de assinaturas começou tarde e a más horas. A terceira especulação é mais interessante e vai marcar mais a campanha: JC é vítima do requisito que exigiu e dos apoios que recolheu. Passará o tempo da campanha - como de resto fez logo na declaração de anúncio - a afastar-se da Banca e do passado. O autor pensa que JC não o conseguirá fazer com sucesso e que, portanto, não haverá dúvidas de que JC representa - ainda que com valor acrescentado relativamente aos seus antecessores - o establishment. A campanha está, nesse aspecto, completamente clarificada, mas espera-se que JC e BdC mantenham o nível e não entrem em debates pessoais (revisitando os esqueletos no armário de cada um, como sucedeu há dois anos). Espera-se, portanto, que se consiga sair desse debate entre proto-banqueiros e anti-banqueiros, que é muito limitado e limitativo; e, mais do que isso, é um debate que perpetua uma divisão danosa para o clube.a pacificação do Clube passa pela união de todos e pela paz na luta de classe que de forma tão intensa se vive. Estejam os principais candidatos à altura das exigências e saibam eles fazer, em todos os momentos, um discurso sério de união.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

isto é tudo nosso !

o autor leu no record online e não quis acreditar. foi confirmar no site do clube e teve de acreditar. era mesmo verdade. um senhor chamado luiz godinho lopes publicava um comunicado pessoal no site de uma instituição centenária, com perto de 100 mil sócios e mais de três milhões de adeptos. O título era "Mensagem do Presidente", e omitia o "cessante". O Engº Godinho Lopes também aproveita o site do clube para uma referência purulenta e pungente ao "real objectivo da Mesa da Assembleia Geral e consequente pressão para a demissão do Conselho Directivo." e à sua tentativa de o" perceber", que bem ilustra a confusão a que se dedica. O Engº Luiz Godinho Lopes acha bem comunicar, no site do clube, que não é candidato às próximas eleições do Clube. O autor já se pronunciou no sentido de que lhe ficaria bem candidatar-se, mostrando que, afinal, os requerentes da sua destituição estavam enganados. Mas essa decisão é uma decisão pessoal. E o ponto é mesmo esse: não é ao Presidente do Clube que os apaniguados do presidente do conselho diretivo cessante ficam a dever a recandidatura: é ao cidadão Luiz Godinho Lopes. E é exatamente por isso que o cidadão Luiz Godinho Lopes não pode usar os meios do Clube para publicar mensagens de cariz pessoal. Não se espera que o cidadão Luiz Godinho Lopes perceba estas nuances, que são subtilezas de quem compreende a importância dos lugares e das instituições. Mas esperava-se que alguém ao seu lado - se ao seu lado ainda estiver alguém que não seja um yes man - o pudesse chamar a atenção para a enorme confusão de planos que para ali vai. Depois, o comunicado em si mesmo, que é um assalto à competência dos consultores de comunicação: primeiros dois parágrafos no singular; dois parágrafos seguintes no plural. Uma referência a uma primeira pessoa do plural ("estivemos unidos" - presume-se que se esteja a referir ao Conselho Directivo na formulação após as saídas de PPC e CB) para depois acabar, na primeira pessoa do singular, a agradecer ao Conselho Directivo, cujos membros eram, antes, o sujeito. De permeio, mais do mesmo, que é a formulação mais patética do que para aí vem e um insulto à inteligência dos sócios: "nós" ("ou terei sido eu, aqui?") "avisámos" ("ou será avisámos, aqui?") "que eram precisos 25 milhões, nós avisámos, nós avisámos". Parece um aviso de avalanche berrado, ainda de isqueiro em punho, pelo turista acidental, depois de rebentar um foguete no alto da montanha como prova de amor à namorada... Mas o Clube não é dos sócios quando convém. É sempre. Isto não "é tudo nosso!". Ou - como qualquer júnior de comunicação diria - aqui o "nosso" não se confunde com a primeira pessoa do singular. Nosso é o plural dos sócios. Get it?

dedo na ferida

Goste-se ou não da personagem - o Autor aprendeu a gostar, confessa-se - DF fala claro. E a clareza com que ontem se expressou a propósito da corrida eleitoral que se avizinha é, em certo sentido, refrescante. é por isso que se estranha a sua opção final - de não avançar - para mais quando alicerçada num desconhecimento da realidade profunda do clube. Há dois tópicos que conviria sublinhar nas suas declarações de ontem. o primeiro, um bocadinho estafado, mas nem por isso menos interessante, sobre a Banca: a Banca credora, a banca asfixiadora, a Banca parceira, enfim. De charuto e cartola a escolher a sucessão dinástica, como se a dinastia iluminada tivesse, nos últimos anos, demonstrado merecer a honraria. O segundo, mais interessante, sobre os "25 milhões até final da época", que surgem, agora, como aviso paternalista, das bocas de quem - PODENDO FAZÊ-LO, REPITO,PODENDO FAZÊ-LO - nada fez para o evitar. De quem, gastando mal e poupando pior, chega ao fim do ano e diz: "ah, pois, quando eu cheguei já estava assim, eu só geri o quotidiano com um Salário Mínimo Nacional e um subsídio de desemprego" WTF?????? Há dois anos atrás a situação do Clube era muito má. Hoje, pelos vistos, não é melhor (o eufemismo destina-se apenas a evitar polémica, pois assim toda a gente estará de acordo com a expressão.) E nós vamos tolerar isto? Vamos aceitar que nos digam que, em dois anos, não se conseguiu fazer melhor que não piorar?

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Diz-me com quem bancas

Ontem, circulava o rumor de LGL avançaria para a recandidatura à presidência do Sporting. Ficava-lhe bem. Ao fim da tarde, a bola online dava nota de que avançaria José Couceiro. Fica-lhe bem. A candidatura de ambos era a passadeira vermelha para Bruno de Carvalho, que manteria a fidelidade do seu eleitorado enquanto LGL e JC se devoravam mutuamente. A confirmarem-se as capas dos jornais de hoje, três bitaites: LGL já não entusiasma a banca que o colocou no poleiro; JC entusiasma mas passará a campanha a afastar-se dela, negando o rótulo de candidato do regime; Bdc vai ter saudades de LGL nesta corrida.

JC é um forte candidato, muito melhor que LGL, que sempre foi falho em carisma. Vai disputar a corrida palmo a palmo com BdC.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

a frase redondinha do dia

é do protocandidato paiva dos santos que, segundo o Record, "apresentou como linhas mestras do seu programa eleitoral algumas medidas para o futebol profissional, a começar pela definição de um teto salarial “que não comprometa a construção de um plantel competitivo.”" dito assim, é tudo e nada ao mesmo tempo, dominó e a capicua, a chuva no nabal. Vamos lá : é tempo de chamar os bois pelos nomes, uma vez que a redução salarial é, por um lado, uma imposição da UEFA e, por outro, uma imposição da dura realidade de penúria. Qual é o orçamento anual que preconiza para a SAD?

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

quem tramou o cházinho no chalet

a "notícia" que ontem e hoje surfou a espuma dos dias dava nota de um lanchinho nos bastidores, coordenando os cordelinhos de uma candidatura de luís figo/ José Couceiro à presidência do Sporting. A notícia, se não fosse séria, faria rir. como é séria, faz chorar, de vergonha, de embaraço ou de raiva - escolha o leitor o estado de espírito, que o autor já passou pelos três. A banca, personificada no aparente anfitrião, josé maria de seu nome de batismo, permite atribuir-se um papel de destaque na escolha de um sucessor; como se o clube estivesse, 200 e muitos milhões depois, virado para esse endorsement. e como se o clube pudesse, ao fim de tantos anos, ser tratado como uma casta. o escolhido, o iluminado, luís figo, negociaria uma reestruturação financeira como condição para aceitar o encargo e, de uma penada, se alcançariam dominó e a capicua: o Sporting safava-se e a Banca também. pergunta-se e pasma-se, então: (a ingenuidade é meramente ficcional) "então o candidato que tinha o endorsement bancário anterior não foi capaz de garantir o mesmo?" ou (mantendo a ingenuidade ficcional) "então a banca não estava disposta a isto com uma direcção e está disponível para o negociar com um proto-candidato?" Felizmente, o cházinho tornou-se público e o dito jogador, confirmando implicitamente o convite, nega apenas ter feito as exigências pecuniárias - "que no so pesetero, no so, no so" - que as notícias lhe atribuiram. Há três teses sobre este nado morto. uma, que sustenta que foram os artífices desta sucessão dinástica que puseram a notícia a correr; outra, que foi mão adversária que o fez; terceira, que foi apenas um fogo fátuo. As duas primeiras parecem improváveis. Não porque os artífices não pudessem - como é seu timbre, aliás - testar a notícia a ver se pegava (podiam, porque continuam a achar que podem tudo); mas sobretudo porque os artífices de burro não têm nada: e mesmo eles sabem que a escolha de alguém que há muito se desligou do Clube seria um tiro nos próprios pés. Também seria possível a segunda tese: mão amiga de um adversário assistiu ao secreto encontro e contou-o baixinho ao ouvido de toda a gente, jornalistas incluídos. Mas essa manobra, apesar de tudo, seria muito arriscada. sobra uma terceira via: foi apenas uma manobra de diversão para legitimar José Couceiro. Vai uma aposta?

manifesto

Este blog será público mas o seu autor permanecerá incógnito. Até tomarem posse os novos órgãos sociais do Sporting, este blog será um diário das eleições e da campanha eleitoral. Procurará olhar criticamente as notícias ou as aparências de notícias. Chama-se gree dropping porque é verde - de clubismo e de esperança - mas também porque a campanha que se perfila é um desfilar de nomes. O autor não gosta de comentar nomes. Mas o autor será chamado a comentar nomes. Procurará comentar os nomes sem se mover por boatos, apoiado em factos. Assumirá para comentários algumas noticias publicadas em jornais, mas não assumirá o seu conteúdo. Depois das eleições, podem acontecer duas coisas a este blogue. Pode auto-destruir-se ou regenerar-se num blogue de atualidade sportinguista. Nesta ultima hipótese, mudará de nome, mas manterá o seu passado.